Ví, de súbito, um, dois, três, milhares deles! Monstros... Ví suas facetas bizarras e desfiguradas pela ignorância. Diziam-se humanos! Ví olhos, mãos, dedos, cabeça como em mim, mas havia uma completa ausência de pensamento. Eram como animais, agiam por extinto. Os ví a dilacerar minha carne, e de muitos outros tantos, os ví a comer partes do meu cérebro espremido dentro da minha caixa craniana e saborear as partes do meu corpo partido com o prazer e a violência que eu não entendi. Brincaram com minha cabeça... Consumiram-me num altar de chamas vermelhas que a tudo consome, chamas de perversão, maldade, intolerância, morte! Aniquilaram-me! E então me adoraram como um a um deus.
Mas as idéias são como uma poderosa erva, elas não se consomem com o corpo. Infecta as entranhas da terra e a tudo destrói. Isso mesmo, destrói.