sábado, 16 de julho de 2011



Sentei-me por alguns segundos sobre minhas pernas cansadas e avaliei tudo, até os avaliadores... Senti-me então mortal como os outros, com seus sentimentos de flor, incontroláveis e nefastos, senti-me homem.

Foram-se eles, um a um, sem satisfações, sem pedidos de desculpas, sem adeus. Foram-se alguns tirados, cuspidos e gritados, outros por bel prazer. Senti-me só... Desejei então pessoas de bolhas de sabão, na perfeição de suas esferas perfeitamente geométricas, de cores triangulares de prismas e atravessadas por raios cúbicos de luz, tão leves como o vento... Desejei a liberdade da música e lá não fui limitado por números. Desejei a ociosidade do sol, dos amigos, da água, dos passeios nas matas verdes e das festas de fim de semana. Abracei o obsceno, guardei a vergonha em algum lugar não muito escondido e dancei, chorei. Chorei por aqueles que se foram, e por aqueles que desejam de maneira incompreensível ir.

Suspirei então pela tão famosa paz que transcede, mas que não me transcedeu nestes meus cansados segundos sentados sobre minhas pernas.