sábado, 19 de julho de 2014














Vi, em um dos meus infinitos multiuniveros,
Teu corpo incólume escapando de todos os ferimentos.
Vi em meus multiuniversos os eventos únicos que desejei acontecer neste:
Vi sistemas de planos planejarem planos que deram certo!
Vi galáxias de felicidade serem felizes a primeira vista!
Vi a verdade não mentir e nem omitir as verdades a cometas!
Vi a sinceridade ser sincera diante dos meus olhos de água!


Porque esse meu multiuniverso, ponto de probabilidade, 
Foi aleatoriamente escolhido com a sorte do desgosto...

segunda-feira, 9 de junho de 2014






















O calor irradiado do seu corpo inflamado atraiu-me.
Tuas palavras, voláteis, soltas pelo ar, invadiram as minhas narinas e seduziram-me, pouco a pouco.
Fui afogado num mar de fogo que teu corpo empilhado produzia...

Mas todo teu incêndio foi-se!
Como se vão os incêndios produzidos pelas folhas secas e papéis abandonados.

... Foi-se, deixando cicatrizes cinzentas em minha descontínua pele.

quinta-feira, 17 de abril de 2014















Fui queimado e cremado pela chama incandescente de teu isqueiro.
Penetrei em tuas irritadas vias aéreas e me impregnei em teus alvéolos quase em colapso;
Transformei-me, aprisionado em você, em idéias, sensações e sentimentos;
Retornei, em baforadas fumacentas soltas em redemoinhos no ar;
E entre teus dedos sujos e impregnados meus minutos de utilidade eram controlados...

E consumido a cada trago ansioso de tua boca...

sexta-feira, 7 de março de 2014





Tu que dominas e consome o tempo dos homens,
Me rendes diariamente ao tragar da luz
e me transporta entre mundos, mundos particulares.
Arranca-me da realidade fatal e
translada-me para um mundo de possibilidades,
Onde as leis e teorias do mundo físico são somente mais ideias
como qualquer outra ideia.
Porque tudo é ideia! 
Subjugas minha fina e disruptiva consciência
E faz emergir, como os corpos desovados, a minha inconsciência decomposta
Mostrando-me de que fatidicamente sou feito.

Tu, que me apaga as marcas no peito chagásico
E como uma brisa fresca ao meio dia, carregas o indesejável

... venha sobre mim.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014




















Fui transladado do céu ao inferno em frações de pensamentos desacelerados. Vi, em preciosos olhos d'água a infalível medusa do amor. Seus sedutores cabelos urticantes deslizavam e desfaziam em seu caminho as mais angulares vértices em duras pedras polidas e arredondadas. Bagunçava toda minha cabeça e corpo e causava injúrias ao meu delicado estômago. Ensinava ao maior dos amantes que o amor, ah o amor é a arte dos que dominam a malícia e dos que jogam sem disposição a perdidas...

...Desidratava-me a alma, secava-me as larvas e mostrava-me que as borboletas em minha barriga dilatada era puro saudosismo cinematográfico de tempos e momentos não vividos.