terça-feira, 26 de junho de 2012



Trilhei em milhares de milhões de segundos os caminhos ladrilhados do tempo. Fui ignorado no tempo por aqueles outros e pelo próprio eu na tentativa não entender a realidade, de esquecer a dor... Senti as dores universais, vividas por tudo aquilo que depende do meu verde, a dor de perder o tempo, em seus preciosos segundos escoados pelo ralo da vida cheia de pratos. Lamentei a perda de tempo de lamentar! Desejei os pixels, minha janela de contemplação do mundo, da beleza de ser gente, da sua arte que me humaniza, mas na eterna insatisfação de viver recebi as promessas de você.

Libertei minhas palavras em poder e criei meus deuses, deuses desastrados. Meu mundo não foi criado para idealistas como aquele que foi criado em 7 dias (sim, em 7 dias). Meu mundo foi criado em 819 milhões de segundos, montado nos alicerces delicado das palavras, idéias e experiências. 

Fui, aos poucos acordado pelo toque. Senti as dores e os enjôos. Fui dominado então pelas ressacas de verdade, reflexo da bebedeira de palavras da noite anterior.