domingo, 5 de maio de 2013



Caminhei...

Caminhei por tons de cinzas chuvosos e lamacentos. Tons dos cinzas queimados em devoradores incêndios, tóxicos e fumacentos. Beijei a insegurança, acariciei seu rosto, apertei lhe mão.

Subjetivei os mais diversos e complexos espaços. Dei-lhes significados universalmente pessoais. Li seus tratados urbanísticos, mas ruas, cinemas, ladeiras e faróis confundiram-se em seus significados prostituídos. Acabei confuso em palavras, promessas e conselhos. Fui informado dos meus corretos erros ou erros corretos... É verdade, algumas vezes até o certo é errado!

Passeei com o tempo. Refleti com ele sobre teorias, relatividade, buracos negros e matéria escura. Chamei-lhe entidade! Entidade física! Percebi nesse momento que o tempo que me escoa, que me leva é o mesmo tempo que me lava e me prepara.