sexta-feira, 18 de janeiro de 2013





Transitei por ruas, becos. Passei por portas, atravessei corredores que se levavam a outras portas. Penetrei por salas, universos desconhecidos, tão grandes, tão cheios e ao mesmo tempo vazios. Terminei em mim, com aquelas perguntas tão particularmente universais e um alarme, ah o alarme, que soava ruidosamente dizendo: “something is missing...” sim, desse jeito e nessa língua. Acordei, acordei mergulhado em sonhos. Sonhos dentro de sonhos, labirintos. Ouvi perguntas: “para onde? Para onde? Para onde você está correndo?”, uma bela reflexão! Vi muitas coisas nesse momento frenético do sono onde segundos eram transladados em horas e segundos. Vi o mal oprimir e vencer o bem. Perguntei-me: “Porque sempre contamos o contrario? Porque dizemos que somos a maioria?”. Percebi que sim, somos a maioria. A maioria distraída com o medo. Vi palavras soltas e libertas no ar. Devassas, prostituídas, sem nenhum pudor, mas livre de todos os significados a que lhe eram atribuídas, e de verdade: O caos! Vi corpos se chocarem à velocidade da luz, verdadeiros raios negros a soltarem faíscas e um alarme a tentar me acordar desses sonhos dentro de sonhos: “something is missing”. Portas dentro de portas, caixas dentro de caixas.

Também vi a morte do amor por breves segundos que pareceram horas..  e sua ressurreição não em 3 dias, mas ao primeiro sorriso embutido com as goladas da vida.