Aniquilei todas as minhas verdades absolutas, coloquei-as em sacos de dormir e as joguei em algum lugar onde as linhas do esquecimento é regra e lei.
Construi novas verdades, desta vez diversas, com toques especiais de idéias alheias e exagero de incertezas, ajustes de liberdade, companherismo e pouquíssima seriedade, afinal, sabe-se, as verdades são só suas e somente.
Acrescentei outras peças esquecidas a esse corpo de "Frankstein", bizarro e cheio de descontinuidades e costuras. Outras partes encontrei em ruas, vagando em profundos e escuros oceanos, mergulhado em folhas verdes, escorrendo por esgotos de águas translúcidas ou presas em bocas sujas e mal cheirosas, algumas em copos usados de mesa de bar.
Soprei-lhe vida, pus-lhe sentidos dos quais o melhor foi a tolerância. Adcionei-lhe uma suave fragrância de imperfeição, porque tudo que é bom, na verdade é imperfeito.
Dei-lhe o toque final,
Ensinei-o a arte de ouvir, e cada nova idéia ele aprendeu a se transformar.
3 comentários:
Fora um bom dia, aquele sábado. Dia de festa. Dia de criação. Dia de aprendizado.
Foi muito bom! Contatos mentais de 2º grau de cabeças borbulhantes! Criei, aprendi...
Entre cortes e recortes outros corpos entre copos vão surgindo...Salve o poeta Viníciu Costa!
Bjo grande Vini...lindo seu arranjo fonético de palavras embriagadas...estava com receio de que tivesse abandonado-me nestes caminhos "palavrórios" e virtuais.
Abraço forte!
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