Obriguei-me a ser feliz! Sim,
expandi as minhas folhas verdes ao sol e senti a tal energia de que tanto falam
os amantes, senti. Percebi os diferentes espectros da luz agitando meu verde/vermelho/laranja/amarelo em pleno meio dia de palavras carregadas de falta de sentido.
Fui agitado por
ondas do tal amor, ou paixão, ou sei lá o quê. Abalaram a serena poça da minha
existência. Vi sadismo nas mãos daqueles que atiram pedras nos calmos espelhos d’água
a fim de perturbar o equilíbrio daqueles que são equilibrados demais, muito e
demais!! Pois bem, perdi o meu equilíbrio e com ele a noção de tempo.
Fui
possuído pelos incontroláveis sentimentos de flor e percebi o quanto eles são
incontroláveis. Desejei os tais botões de liga e desliga da atual e evoluída
modernidade tecnicista computadorizada ultra-rápida. Descobri que tais botões não funcionam direito em máquinas, quanto mais em gente. Em gente de verdade... Busquei então senso e
sentido. Vi que todos nós, sem vírgulas, somos, todos, feitos, puramente, de
idéias (gap) e de sentimentos
incontroláveis.
Agora estou aqui no chão, quase vencido... (gap) ... puro sadismo das mentes
programadas para o amor...
(gap)
Gap!