Caminhei...
Caminhei por tons de cinzas chuvosos e lamacentos. Tons dos cinzas queimados em devoradores incêndios,
tóxicos e fumacentos. Beijei a insegurança, acariciei seu rosto, apertei lhe mão.
Subjetivei os mais diversos e
complexos espaços. Dei-lhes significados universalmente pessoais. Li seus tratados
urbanísticos, mas ruas, cinemas, ladeiras e faróis confundiram-se em seus
significados prostituídos. Acabei confuso em palavras, promessas e conselhos. Fui
informado dos meus corretos erros ou erros corretos... É verdade, algumas vezes
até o certo é errado!
Passeei com o tempo. Refleti com
ele sobre teorias, relatividade, buracos negros e matéria escura. Chamei-lhe
entidade! Entidade física! Percebi nesse momento que o tempo que me escoa, que
me leva é o mesmo tempo que me lava e me prepara.
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