sábado, 25 de dezembro de 2010

Pensamentos efusivos se misturam com sensações também efusivas e altas doses de adrenalina se acumulam no ventre. 

Um conjunto de idéias incompletas também se acumulam na cabeça e aliada a todas essas coisas uma contínua sensação de insegurança...

Verdades escondidas, amores não correspondidos e um desejo, alto, de redenção, tudo isso se mistura nesse universo virtual e expressá-lo em palavras, ou arrumá-los em linhas de coerência e razão, em forma de texto, prosa ou poesia se torna tão complexo quanto entendê-los. 

Pele suja, pés descalços, pensamentos em 1 milhão de pessoas, pessoas de prazer, é o ano que vai e esse ciclo interminável de coisas que se repetem, repetem, repetem até que uma possível e forte dor no seu peito te paralise e o líquido que te traz vida deixe de regar a sua alma. 

É o passado, é o presente, e o futuro, todos eles vêm até você, te fazem perguntas da qual  não se sabe a resposta, ou até se sabe e finge-se que não.

É assim, quando se quer escrever, mas não se sabe o quê. Ou sabe-se.

domingo, 19 de dezembro de 2010

reCriação


    Aniquilei todas as minhas verdades absolutas, coloquei-as em sacos de dormir e as joguei em algum lugar onde as linhas do esquecimento é regra e lei.
    Construi novas verdades, desta vez diversas, com toques especiais de idéias alheias e exagero de incertezas, ajustes de liberdade, companherismo e pouquíssima seriedade, afinal, sabe-se, as verdades são só suas e somente. 
    Acrescentei outras peças esquecidas a esse corpo de "Frankstein", bizarro e cheio de descontinuidades e costuras. Outras partes encontrei em ruas, vagando em profundos e escuros oceanos, mergulhado em folhas verdes, escorrendo por esgotos de águas translúcidas ou presas em bocas sujas e mal cheirosas, algumas em copos usados de mesa de bar.
    Soprei-lhe vida, pus-lhe sentidos dos quais o melhor foi a tolerância. Adcionei-lhe uma suave fragrância de imperfeição, porque tudo que  é bom, na verdade é imperfeito.
    

Dei-lhe o toque final,
Ensinei-o a arte de ouvir, e cada nova idéia  ele aprendeu a se transformar.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010





Corpos...

Corpos no chão da sala, copos lá embaixo;
Corpos quentes no frio da rua;
São apenas corpos.

Corpos que se tocam diante dos meu olhos;
Que me causam prazer, repugnação;
Corpos.

Corpos que eu amo, corpos que eu adoro;
Corpos que eu adoraria amar;
Onde estão tais corpos?

Corpos que são como COPOS;
Que se enchem e se esvaziam;
De quê?
De tantos outros corpos.

E é isso que todos nós somos, nada além de corpos encorpados por PORCOS!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Desde que eu sei que sei ela vivia daquela forma, deitada e com uma visão retangular do que seria a vida lá fora, acredito eu. Ela nunca me inspirou muito, pouco conversamos e eu não consegui decifrar o mundo dela! ANTEONTEM ela se FOI, e o que ela fez de importante? O que ela cativou? O que ela viveu? Eu não sei... 

Desde que eu sei que sei, talvez ela nunca tivesse sabido que sabe! Ou não? Ou ela sabia que sabia, mas só desfarçava??? FICA essa dúvida. E mais um que cai nas lembraças do esquecimento.

Vida estranha e injusta essa, DESDE QUE EU SEI QUE SEI.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

A vida pode ser tão frágil quanto persistente, e num momento tudo pode vir abaixo ou de maneira simples e inexplicável surgir das cinzas, como uma fênix. É assim a vida! Tudo depende um pouco de como você a enfrenta, de como você enfrenta seus problemas, de como você faz suas escolhas.

Tudo pode estar dando errado, mas você pode escolher ressurgir ou até rebrotar! Quando tudo e todos dizem que não tem mais jeito, que acabou, você pode escolher rebrotar, você pode escolher mostrar a força escondida que existe dentro de você. Foi assim com muitos de nós, porque não seria mais uma vez conosco?

Existe uma força dentro de cada um de nós, que eu não sei explicar, que eu só sei correlacionar. Essa força tem muito a ver como nós encaramos a vida e de como percebemos que tudo que vive tem um imensurável desejo por viver. Isso! TUDO QUE VIVE TEM UM DESEJO IMENSURÁVEL POR VIVER.

REBROTE...

domingo, 20 de junho de 2010


Nessa piração louca que nós chamamos de consciência, pensar em você é a única coisa que parece menos insana. Você é como algo que queima por dentro, és como uma cola poderosa na minha cabeça, mas porque você não vem? Porque não vem e me arrebata da loucura da minha existência? Como diz uma sábia escritora, e que sábia!!!, "Não avisaram-me das angústias de ser mortal"! E eu que escolhi ser mortal, completamente mortal, estou aqui a esperar que sua loucura me transborde e me faça feliz.

sábado, 8 de maio de 2010

A última estrela


Quando a última estrela caiu
E uma súbita escuridão tombou os nossos olhos
Nós ainda podíamos sentir o pulsar de sua luz
Sobre nossas mãos sem calos
E a sua luz nos reconfortava
De uma maneira incompreensiva

Quando a última estrela caiu
Achamos não haver mais esperança
Afeto
Solidariedade
Mas o que não percebemos, e o que ninguém percebe
É que essa luz veio de perto, avaliar nossa dor, nosso cansaço
Nossa inútil consiência!
Essa luz, veio pulsar, e iluminar nossa escuridão

Quando a última estrela caiu
Não entendemos o que seu ato queria nos dizer
Não queriamos conhecer a mensagem que ela nos trazia
Que a sua luz ofuscada
E não ofuscadora
Anunciava um brilho muito maior, que vinha com amanhecer!

Quando essa última estrela caiu...

quinta-feira, 29 de abril de 2010

O ato Universal

Todos os dias alguém morre.
E nesse trânsito infernal, de mão única;
Em direção ao escuro, ao obscuro;
Ao inominável, ao desconhecido;
Ao enternal, seja gozo ou dor;
São esquecidas as coisas, e as pessoas;
E algumas nem se pode esquecer;
Porque jamais foram memória.

A cada dia morre um pouco de nós.
No trabalho desprazeroso;
Na falta de compaixão;
No negar a si mesmo;
Com o tempo que carrega, segundo a segundo;
A nossa dádiva incompreendida.
Nos devaneios do pensamento;
Somos levado pouco a pouco;
Em direção ao que ainda não conhecemos.

sábado, 10 de abril de 2010

Mundo de Coisas e Possibilidades


Em meio a neblinas de pesamentos, sentado e obsevando a mim mesmo, não consigo ver uma imagem concreta. O que vejo são desejos, dúvidas, sonhos, frustrações, esperança, tristeza, alegrias... Uma infinidade de sensações que tentam se definir e se limitar. Vejo um eu que não foi, mas poderia ter sido, e que é mas que poderia ter não sido ( e ainda bem por isso). Tento esquadrilhar o mundo com minhas sensações, e que sensações são essas? Será que as uso de forma correta? Será que elas me permintem conhecer o mundo real? Eu não sei e essa é a dúvida. E os planos que não deram certo? E o mundo completamente fora de controle, ou sendo controlado por não sei o quê? Essa é a minha frustração... E os desejos? Desejos? Quem disse que foi te dada essa dádiva? Ninguém me disse, eu só achei... Achei errado? Talvez não, talvez tenham achado errado. Enfim, tudo se confunde, neste momento, neste inferno de pensamentos, de tudo que aconteceu, que irá acontecer ou que poderia ter acontecido.

Eu não poderia deixar passar em branco um dia como esse, dedico esse texto a todos os projetos abortados por essa vida que não é justa e que é cruel com muitos! Caridosa, talvez com algumas pessoas, ou diria que ela gosta é de iludir alguns? Não sei! Enfim, a vocês que poderiam ser alguém, mas se tornaram ninguém.

Pêsames!